Anteontem, surgiu uma dúvida na Comunidade do InvestClube à respeito do Tesouro Direto.
Prometi então que quando tivesse tempo postaria algo aqui.
Como não sou um expert em Tesouro Direto, fui ao google procurar informações sobre esse tipo de investimento.
Encontrei um artigo num blog, que eu achei tão bom, que resolvi posta-lo na íntegra aqui.
Ficam os créditos para Conrado Navarro, do blog Dinheirama ! Parabéns pelo artigo !
Vamos à ele...
"Tenho recebido muitos e-mails e mensagens de leitores que gostariam de ver um artigo sobre o Tesouro Direto, suas características, vantagens e práticas. O que é interessante é que este tipo de dúvida e sugestão não fazia parte do cotidiano da maioria dos investidores até o ano passado (ou retrasado). Fico feliz e satisfeito ao perceber que, cada vez mais, os pequenos investidores se preocupem em buscar alternativas fora dos tradicionais bancos ou diferentes das que usualmente contratam, seja por hábito ou por comodidade. Parabéns aos leitores e investidores que possuem essa consciência.
Será que o Tesouro Direto é pra todo mundo?
Se você é desconfiado, prefere não sentir emoções fortes quando vai ao banco e adora usar a simplicidade e segurança da caderneta de poupança como um exemplo, o Tesouro Direto pode ser uma saída muito interessante. Este tipo de investimento trata da compra/venda de títulos públicos, via Internet, de forma descomplicada e rápida. Ainda que você seja do tipo que gosta de riscos, parte de sua carteira deve ser composta de aplicações de boa liquidez e baixo risco. Portanto, títulos federais também podem ter papel fundamental em seu portfólio. Investir no Tesouro é a aplicação de menor risco existente no Brasil. Pois então, sim, o Tesouro é pra todo mundo!
Legal, mas o que são Titulos Públicos?
Títulos públicos são uma forma do Governo Federal conseguir recursos financeiros para o financiamento da dívida pública e para investimentos em infra-estrutura, educação, saúde etc. Você compra um título, paga o Governo e ele usa este seu dinheiro para financiar ou aplicar no crescimento do país.
Como posso investir e qual a quantia mínima?
Acredito que você já deva participar, e investir, em um fundo de renda fixa de seu banco preferido. Estou certo? Pois saiba que os gestores deste fundo compõem os ativos do grupo com uma parte proveniente de aplicações do banco em Títulos Públicos. Portanto, você já possui investimentos no Tesouro, mas de forma indireta. Podemos concluir que uma das formas de se aplicar e adquirir tais Títulos é a participação em um fundo de renda fixa ou misto de um banco qualquer.
Mas nosso objetivo é falar da compra direta dos papéis, sem sair de casa. Sim, o Tesouro Direto oferece a possibilidade de negociação direta de seu computador, sem intermédio nenhum de qualquer instituição financeira. Você acessa o site do Tesouro, escolhe uma das modalidades existentes para os Títulos, preenche alguns dados e então transfere o dinheiro para o chamado Agente de Custódia, que pode ser uma corretora ou mesmo seu banco. Calma, ele só será o responsável por permitir que o Governo capte o dinheiro. Veremos que as taxas são muito atraentes. A quantia mínima para compra é de R$ 100,00.
Quais são os custos/taxas para este tipo de aplicação?
A CBLC (Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia) cobra taxa de custódia de 0,4% ao ano sobre o valor de compra, referente aos serviços de guarda dos títulos, saldos e movimentação dos investidores. Além disso, há uma taxa cobrada pelo agente de custódia (o banco ou corretora que você escolheu para o cadastro) que varia de 0% a 4,5% ao ano. A média é de 0,3% ao ano. Repare que aplicando diretamente você terá um custo médio de 0,7% ao ano, número muito menor que a taxa de administração cobrada em muitos fundos bancários. A rentabilidade muitas vezes é a mesma. Portanto, vale a pena.
Como fica o Imposto de Renda?
A regra é a mesma usada nos fundos de renda fixa. A lei 11.033, de 21 de dezembro de 2004, diz que as alíquotas são de:
I - 22,5% (vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento), em aplicações com prazo de até 180 (cento e oitenta) dias;
II - 20% (vinte por cento), em aplicações com prazo de 181 (cento e oitenta e um) dias até 360 (trezentos e sessenta) dias;
III - 17,5% (dezessete inteiros e cinco décimos por cento), em aplicações com prazo de 361 (trezentos e sessenta e um) dias até 720 (setecentos e vinte) dias;
IV - 15% (quinze por cento), em aplicações com prazo acima de 720 (setecentos e vinte) dias.
Quais os títulos que posso comprar?
São basicamente cinco modalidades de título disponíveis e seus tipos variam de acordo com o perfil do investidor e tempo de investimento (curto e médio prazo). Para aplicações de curto prazo, estão disponíveis as Letras do Tesouro, nas opções LFT (Letra Fiananceira do Tesouro) e LTN (Letra do Tesouro Nacional). Para o médio prazo estão disponíveis a NTN-B (Nota do Tesouro Nacional série B), NTN-B Principal e NTN-F (Nota do Tesouro Nacional série F). As características são:
Letra Financeira do Tesouro (LFT): É um título com rentabilidade diária vinculada à taxa de juros básica da economia (taxa Selic). O resgate do principal e dos juros ocorre no vencimento do título.
Letra do Tesouro Nacional (LTN): É um título com rentabilidade definida no momento da compra, com o resgate do valor do título na data do vencimento do mesmo. Cada título é adquirido com deságio e possui o valor de resgate de R$ 1.000,00, no vencimento.
Nota do Tesouro Nacional - série B (NTN-B): É um título com a rentabilidade vinculada à variação do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), acrescida de juros definidos no momento da compra. O pagamento dos juros é semestral e o resgate do valor nominal atualizado ocorre na data de vencimento do título.
NTN-B Principal: É um título com a rentabilidade vinculada à variação do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), acrescida de juros definidos no momento da compra. Não há pagamento de cupom de juros semestral e o resgate do valor nominal atualizado ocorre na data de vencimento do título.
Nota do Tesouro Nacional - série F (NTN-F): É um título com a rentabilidade definida, acrescida de juros definidos no momento da compra. O pagamento dos juros é semestral e o resgate do principal ocorre na data de vencimento do título.
Como posso saber qual dos títulos é melhor pra mim? Há algum simulador?
O site do Tesouro Direto é bastante completo e oferece um pequeno questionário que pode ajudá-lo a definir seu perfil e então os tipos de papéis indicados. Para acessá-lo, clique aqui. Além disso, você também pode simular a aplicação num destes títulos, usando o simulador também disponível no site do Tesouro. "
Bons Negócios
3 comentários:
eu precisava ler sobre TD.
Valeu!!!!
Olá,
Gostaria de informar que maiores detalhes podem ser obtidos no meu livro Tesouro Direto.
Abraço do Beto
Olá,
O link saiu quebrado, agora está correto: livro Tesouro Direto.
Abraço do Beto
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